Ficção Científica? #FIM!

Os olhos que Reuben havia desenvolvido eram perfeitamente adequados à escuridão. A luz forte que agora iluminava a caverna o ofuscara completamente. Não tinha mais tempo. Não tinha um corpo para lutar. Tinha que confiar na força da personalidade que havia submetido ao cérebro de Iran e no que mais o planeta pudesse, de alguma forma, reservar a ele.

Ficção Científica? #16

Todas as décadas de profundo planejamento e reflexões não haviam preparado Reuben para aquele momento. Ele precisava agir rápido e sentia profunda inveja de Iran por ter um corpo. O corpo de Iran evoluíra, adaptara-se ao planeta.

Ficção Científica? #15

Nadja não chegou a assustar-se com os imensos olhos claros que fixaram-se nela naquela escassa luz azulada. Sentia uma certa agitação, talvez ansiedade, emanando da grotesca criatura que já havia visto nos pensamentos de Iran.

Ficção Científica? #14

Iran ainda pensava na Terra. Não com saudade. O planeta era seu lar e já havia se conformado com isso há muitos anos. O tempo não era mais um incômodo também. Cultivava o planeta e apreciava a evolução de suas plantas. De tempos em tempos ainda fazia suas expedições de reconhecimento passando muitos dias (não sabia quantos) andando sempre em uma direção aleatória.

Ficção Científica? #13

Reuben. Era esse seu nome. Ele não deveria saber disto. Não deveria ter memórias de quando havia sido Reuben. Doara seu cérebro para um bem maior. Sua capacidade de raciocínio privilegiada e todo o seu conhecimento deveriam servir à preservação da espécie humana. Ainda tinha a consciência de seu desprendimento, de sua opção magnânima, mas sentia-se incompleto.

O Projeto do Projeto

Em 2009, depois que concluí a tradução de O Mítico Homem-Mês, tive a grata oportunidade de conhecer o Professor Fred Brooks, Jr., que convidei para palestrar na sexta edição da Latinoware.

Ficção Científica? #12

Iran acordou de um sono recheado de sonhos fundidos em lembranças. Teve dificuldade, ao abrir os olhos, em entender onde estava. Sentia muita fome e muita sede. Seu corpo e sua cabeça doíam muito. Quando finalmente decidiu vencer a dor e mover-se, uma luz clara acendeu-se revelando o interior silencioso da nave. Não havia mais comunicação direta alguma com ela.



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